segunda-feira, 16 de julho de 2012

0 pessoas comentaram



Reinvenções cotidianas
práticas mundanas...

Desequilíbrio e ode à loucura
seriam possíveis
em meio a tanta doçura?

Um devaneio fugaz
unindo passado, presente e futuro
nos labirintos da memória...
calmaria aqui jaz.

Nunca mais

0 pessoas comentaram



Se adentrasse em tal castelo
agora ausente de sombras sepulcrais
o corvo não teria coragem
de pronunciar palavras tais

Habitado pela poesia
a palavra nele já não caberia
e em seu grasnar transbordaria
pelos jardins celestiais

Todos se espantariam ao ouvir
os novos dizeres da ave do jamais
que nada repetiria
além de infinitos ais...

sexta-feira, 13 de julho de 2012

A caça e o caçador

0 pessoas comentaram


 No alto da rochosa montanha
a fera estava a espreita

Os olhos amarelos do puma observavam a paisagem

Nenhum ruído se ouvia...
a mata rala estava no mais completo silêncio...

Quando de repente
não mais que de repente...

A fera atacou!!

A vítima nada pode fazer...
não teve tempo de reagir.

O puma jazia indefeso a seus pés...


0 pessoas comentaram


Aprofundando o silêncio...

Despertando os sentidos...

A Palavra aquece
A Palavra habita
A Palavra enternece

e

Desconhece...

...qualquer barreira

Transborda
de sentidos
      .!!

domingo, 8 de julho de 2012

Versum

1 pessoas comentaram
Para a mais intensa
habitadora da Palavra
que já conheci
....



Era uma vez um imperador... que vivia em um suntuoso castelo, sempre cercado por seus súditos. Até que, em um dia quente de outono, ventos do norte trouxeram, junto com folhas a voar, palavras... não simples palavras a pairarem despercebidas... mas palavras habitadas do mais puro sentido. Essas palavras pousaram no castelo e transformaram a existência do rei e, porque não dizer, de todo aquele povoado.

Palavras belas, palavras ágeis, palavras fortes... palavras intensas... até então o rei nunca havia imaginado o quanto sua vida havia sido vazia, seu poder não era nada comparado ao poder e a beleza da Palavra. Como Ela era poderosa...

Os súditos estranhavam as mudanças de humor de seu soberano, a proximidade com as palavras e suas habitações o fazia sorrir mesmo no mais cinzento dos dias. Como isso era possível? “O rei está louco” diziam alguns, “está enfeitiçado” diziam outros... o que as pessoas não conseguiam compreender era que ele estava, puramente,  no mais pleno estado de graça. O rei estava feliz.

No cândido castelo de cartas, cheio de azes, valetes e peões, as palavras ecoavam pelos corredores, trazendo novos fulgores e novas cores... a transformação havia sido feita... o castelo estava, finalmente, habitado. De todo o sentido. 

A Palavra eternizou.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...